EDITORIAL
MENSAGEM DE QUARESMA DO BISPO DE AVEIRO
Uma Igreja renovada na fidelidade e no amor
"Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam convosco” (Fil 1, 2).
Com esta saudação de S. Paulo aos cristãos de Filipos, quero saudar-vos também, amados diocesanos, e fazer-vos chegar a minha mensagem quaresmal, tendo presente a mensagem que o Santo Padre enviou a toda a Igreja. De facto, a Quaresma pretende criar condições para que Deus, por meio do Espírito Santo, forme em nós o Homem Novo, Jesus Cristo e a Igreja possa renovar-se na fidelidade e no amor.
É a Páscoa de Jesus que estamos chamados a viver, a nobreza dos seus sentimentos, a audácia dos seus gestos, a entrega corajosa da sua paixão, a alegria jubilosa da sua ressurreição.
A Quaresma surge como um tempo especial para contemplarmos o modelo de vida que Jesus nos comunica e prepararmo-nos para a celebração da sua Páscoa em nós e nas nossas comunidades familiares e cristãs. Constitui uma oportunidade privilegiada para intensificarmos a renovação da Igreja diocesana a fim de ser no mundo farol de esperança para todos e servir com desvelo os mais pobres.
A Igreja, na sua experiência secular, conserva uma rica tradição de práticas penitenciais, designadamente a oração, a esmola e o jejum. As três estão tão unidas que o Santo Padre Bento XVI pode afirmar com palavras de São Pedro Crisólogo: “O jejum é a alma da oração e a misericórdia é a vida do jejum. Portanto quem reza jejue; quem jejua tenha misericórdia. Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto, em seu benefício, o coração de Deus, não feche o seu próprio coração a quem lhe suplica”. E das três, o Santo Padre escolhe o jejum como núcleo da sua mensagem quaresmal.
Também eu quero propor-vos, amados diocesanos, a redescoberta do valor desta prática tradicional que nos abre à fome de Deus e, hoje, revela grande actualidade em virtude das precárias condições sociais e económicas que muitas pessoas e a própria sociedade vivem.
O jejum, enquanto prática cristã, faz parte da nossa relação com Deus que cria em nós a disposição de nos abrirmos à graça da renovação, deixando tudo o que nos impede de sermos homens novos com os sentimentos de Jesus Cristo. A privação voluntária de bens e a educação para a sobriedade pretendem libertar o coração para acolher este dom e corresponder-lhe tanto individual como comunitariamente.
Quando bem vivido, o jejum ajuda a criar a unidade interior em cada um de nós, a auto-dominar-nos face a tudo o que nos pode desviar da nossa vocação cristã e a crescer na intimidade com o Senhor. Evita a dispersão e faz-nos mais pessoas. O jejum solidário expressa uma dimensão da comunhão dos santos, pois a privação voluntária e livre redunda em benefício de quem está em necessidade ou defende causas justas.
A partilha quaresmal, fruto também deste jejum solidário, será destinada em partes iguais a dois projectos de grande alcance: a construção da Casa Sacerdotal do nosso clero e a ajuda para com a Igreja irmã de Benguela que desde há vários anos partilha com Aveiro o dom dos seus sacerdotes, encontrando-se neste momento na nossa Diocese dois sacerdotes do seu presbitério. Sejamos generosos, dentro das nossas possibilidades.
Amados diocesanos, o jejum pode ajudar cada um de nós a fazer dom total de si a Deus, lembra Bento XVI, recordando uma expressiva afirmação de João Paulo II (cf. “O Esplendor da Verdade”, 21). Convido as comunidades paroquiais, os movimentos apostólicos e as instituições sócio-caritativas da Diocese a um olhar novo, com acrescida generosidade e permanente atenção, para com os mais pobres e para com aqueles que se sentem mais atingidos pelas dificuldades nascidas da presente situação económica, financeira e social.
A hora de crise que vivemos deve encontrar na Igreja e nos cristãos novas e criativas respostas de generosidade e de esperança que repartam o pão com os que têm fome e encham o nosso coração de vida. Que o medo não nos vença e que o desânimo não se sobreponha à audácia da caridade.
Façamos tudo quanto depender de nós para que as pessoas e as famílias possam descobrir na Igreja as razões maiores da sua esperança, que as ajudem a crescer em humanidade e a dar-se com alegria.
São múltiplas já as iniciativas das comunidades cristãs e da Igreja diocesana que revelam, em gestos de caridade e sinais de generosidade, o amor que Deus tem pelo seu povo e por cada um de nós.
Vamos aproveitar a Quaresma para fazermos a indispensável caminhada de renovação pessoal e comunitária que nos proporciona um encontro feliz com o Senhor ressuscitado e faz da Páscoa uma festa que não termina.
Aveiro, 15 de Fevereiro de 2009
+António Francisco dos Santos
Na celebração eucarística do V Domingo do Tempo Comum, dia 8 de Fevereiro, onze catequizandos do 4º. Ano de Catequese receberam publicamente a Palavra de Deus e foram convidados a acolhê-la no seu coração. Estas crianças receberam a Bíblia das mãos do padre José Augusto e oferecida pelos seus pais e padrinhos. O padre José alertou-as, bem como os pais, para a importância da leitura da Bíblia, pois é nela que reside e se alimenta a fé. Na verdade, Mateus diz que: “nem só de pão vive o Homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de Deus”.
No final, na Acção de Graças, uma mãe, em nome de todos os pais pediu a Deus, para que ajudasse os pais destas crianças a serem testemunho vivo e fértil da Palavra de Deus.
“Tu, ó Pai, que pela Tua Palavra, vens carinhosamente ao encontro dos Teus filhos, para conversar com eles: Dai-nos a alegria de sermos terra fértil! Que a tua Palavra, sempre fresca e abundante, como a água da chuva, actue em nós, segundo a riqueza do seu poder!
Dai-nos, ó Pai, como guia e Mestre, o mesmo espírito Santo, que falou pelos profetas e inspirou os autores sagrados a escrever a Bíblia. Para que deste modo, possamos conhecer verdadeiramente o Teu Filho, o Verbo que se fez carne, e que é Deus contigo, na unidade do espírito Santo! Ámen.”
Os catequistas, Andrea Martins e Bruno Morgado
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA JÁ TEM “OLEÃO”
A Brigada da Saúde e do Ambiente em acção.
A Brigada da Saúde e do Ambiente é um grupo ambientalista, que está ligado à Associação Proeducare, que tem carácter educativo e formativo.
O grupo, tem três grandes objectivos a atingir:
1.º Defender e melhorar a Saúde;
2.º Defender e melhorar o Ambiente;
3.º Defender a Solidariedade, a entre ajuda, o respeito e o bem estar de todas as pessoas.
Para isso, vai levar a cabo no Concelho de Aveiro, uma série de actividades.
Começámos pela Freguesia de Nossa Senhora de Fátima. No sábado, dia 31 de Janeiro do ano em curso, pelas 15h e 30 minutos, no Polivalente da Junta de Freguesia, a Brigada da Saúde e do Ambiente, acompanhada pelo grupo “Os Amigos dos 5 R’s”, que cantaram a canção “Ambiente”, mostraram à população todo o trabalho já realizado e sensibilizaram-na para a protecção do ambiente.
Foi entregue um “Oleão”, à Junta de Freguesia para a recolha dos óleos alimentares já usados e vários “Pastilhões”, para a recolha de pastilhas elásticas. Foram distribuídos também panfletos de divulgação que alertam para alguns problemas ambientais.
Há uma equipa em Nossa Senhora de Fátima, que vai continuar a desenvolver o Projecto e que precisa de sugestões, para ir ao encontro das necessidades ambientais da população.
Esta equipa já tem 5 elementos a saber: João Gabriel Mota, Afonso Pires, Francisco Monteiro, Mercedes Mota e Vitor Mota, que estão disponíveis para ajudarem a população de Nossa Senhora de Fátima, a lutar por um ambiente mais saudável.
Não se esqueça, recolha o óleo já usado na sua cozinha e leve-o para o “Oleão”, na Junta de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima.
Pela Brigada da Saúde e do Ambiente
Ofélia Quental Silva
João Gabriel Mota
MOVIMENTO PAROQUIAL
NARIZ
Baptismos
- No dia 28 de Dezembro, Domingo da Sagrada Família, recebeu o sacramento do Baptismo, na Igreja Paroquial Lara Sofia Jorio Cunha, filha de Jorge Filipe Oliveira Cunha e de Christine Jorio, residentes residentes na Rua do Ribeirinho I, 16, em Nariz. Foram padrinhos Mary da Silva Vieira Martins e Jacinto Manuel Oliveira e Cunha.
- No mesmo dia 28 de Dezembro, recebeu o sacramento do Baptismo, na Igreja Paroquial André Ferreira Santos, filho de Carlos Luís Ferreira pereira e de Adriana Dutra Santos, residentes na Rua do Rossio, 17, em Nariz. Foram padrinhos Carla Helena Belém Nunes e José Fernando Tavares.
Aos pais e padrinhos e, em especial, à Lara e ao André, Notícias de Nariz e Fátima deseja muitas felicidades e muitos anos de vida cristã.
11º. Ano de catequese em retiro
Nos passados dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro o grupo do 11º. Ano da nossa paróquia em conjunto com o grupo de 11º. Ano da paróquia da Palhaça foram fazer um retiro na Casa da Sagrada Família na Praia de Mira.
No sábado fizemos as apresentações entre catequisandos e guias. Falamos de muitos temas mas em particular na família e como Jesus Cristo foi tentado mas nunca caiu na tentação. Fizemos um passeio à volta da Barrinha onde fizemos algumas paragens que significavam passagens da vida de Jesus Cristo.
À noite fizemos uma via-sacra com algumas paragens como Jesus teve na caminhada com a cruz às costas, mas para nós era zonas da nossa casa, que nos marcou e ainda marcam.
No domingo tivemos a oração da manhã e depois do pequeno almoço alguns testemunhos reais, nomeadamente de um casal que foi para Moçambique ajudar os mais necessitados. Os nossos guias também deram o seu testemunho.
Estivemos ainda a preparar a celebração do encerramento do retiro, que foi presidida pelo Padre José Augusto.
Foi um fim de semana diferente, passado a cantar, brincar mas com muita alegria e responsabilidade acima de tudo.
Estivemos sempre com Jesus Cristo!
Pelo grupo 11º. Ano: Tânia
Novo Juiz da Igreja
No dia 1 de Janeiro, Dia de Ano Novo, tomou posse como novo juiz da Igreja, para o ano 2009, Carlos Pedra, que assim sucede a Francisco Morgado, que tão bem desempenhou esta nobre função, em 2008.
Ao novo juiz Notícias de Nariz e Fátima endereça as maiores felicidades no cumprimento desta sua nova missão na Igreja.
FÁTIMA
No dia 17 de Dezembro, faleceu, na Póvoa do Valado, com 82 anos de idade, Rosa Marques Caniço. Os seus filhos, netos, irmãos, sobrinhos e demais família agradecem a todos os que os acompanharam nestes dias de luto e, com a sua presença, homenagearam tudo quanto foi uma vida longa.
No dia 27 de Janeiro faleceu Rosa Ferreira Fernandes e Silva, com 86 anos de idade, de Mamodeiro. Seus filhos, Maria, Manuel, Lúcia, Paula genros, nora, netos e bisnetos, vem por este meio agradecer as manifestações de pesar que nestes dias as pessoas de suas relações e amizade lhes fizeram chegar.
Notícias de Nariz e Fátima apresenta às famílias destas nossas conterrâneas sentidas condolências na esperança de que a vida não acaba apenas se transformam.
Os nossos grupos
Ana Jorge Campos; Ana Jorge Sousa; Ana Rita Oliveira;Beatriz Esperanço Barbosa; Beatriz Pinheiro Gomes; Catia Vanessa Fernandes; Cristiana Neves Pereira; Daniel Silva santos; David Gabriel Rodrigues; Diana Brás Carvalho Ferreira; Diogo Filipe Rodrigues; Gabriel Alexandre Martins; Gabriel Ferreira da Silva; Inês Martinho Pinheiro; Juliana Raquel Lameiro; Lisandra Vieira Garcia; Luis Gonçalo Machado; Mariana Rafaela Lameiro; Marta Ferreira Silva; Renata Simões Henriques; Rúben Micael Pereira; Rute Marlene Cruz; Sofia Maio Gonçalves; Patricia Alexandra Bragança; Márcia Alexandra Dias; Catequistas: Anunciação Conceição, Sofia Silva, Dina Ferreira, Donzilia Santos e Liliana Santos.
4º ANO
Adriana Oliveira Ribeiro; Amanda Conceição Ricarte; Ana Sofia Ferreira Lopes; Andreia Sofia Vendeiro; Bruno Martins Simões; Ema Gancho Parada; Guilherme Ferreira Neves; Inês Maria Lopes; Joana Margarida Ferreira; João Paulo Oliveira; Natacha Alexandra Barreto; Orlando Dinis Batina; Pedro Daniel Salgado; Rafaela Catarina Pires; Renata Andreia Simões; Rúben Mateus Alves; Rute Jesus Duarte; Vanessa Duarte Marques; Vanessa Filipa Neves; Rita Gabriela Silva; Diogo Carvalhais Fernandes; Catequistas: Gracinda Vasconcelos, Lucilina Vieira e Bruno Braz de Carvalho
Quaresma 2009 - Sacramento da Reconciliação no Arciprestado de Oliveira do Bairro
Nariz
Quinta, 12 de Março – 17-18.30h
Quinta, 26 de Março – 20hAMIGOS DO JORNAL
Nariz: Lurdes de Oliveira Freire 10,00;
Vessada: Fernanda Parada 12,00; Diamantino Coelho 12,00; Maria Braz Barros 7,50; Armando M. Ferreira 10,00; Armando Inácio S. Parada 20,00.
Mamodeiro: Maria Lopes Neto 5.00; Alcina Ribeiro 20.00; Anónimo 10.00; Helena Ferreira Almeida -10.00
Póvoa do Valado: Manuel Pinheiro Maia – 10.00; José Barros - 10.00; Paulo Marques 10.00; Victor Almeida 10.00; Mário Marinho – 20.
Ainda que te recordemos,
Ainda que o tempo passe
E a vida nos suavize,
Nada nos faz ignorar
O sentimento da tua ausência!
Vive-se cada dia
E em cada dia tentando o melhor,
Porque é em cada dia que acreditamos
Que, no Céu, encontraste o esplendor!
Abraçamos com carinho
As memórias que ficaram…
Estiveste connosco, fizeste parte de nós
E foram essas memórias que marcaram!
As constelações do céu
Mostram-nos a beleza do seu brilho,
Intenso e encantador…
No mundo em que vivemos,
Temos a oportunidade da vida
E pessoas que guardamos com amor!
Porque se mantém
A vontade de te ter por perto,
Nas nossas palavras e nos nossos pensamentos…
Porque se mantém a força
De não te perder…
Porque as memórias não permitem
Que, algum dia, te possamos esquecer!
Da sua neta, Ana Neves
BTT SEPINS
A 18 de Janeiro teve lugar a 3ª Rota dos Besouros, prova de BTT realizada em Sepins. Cheios de motivação lá fomos em direcção à Mealhada, num domingo que tinha acordado a prometer chuva. Chegados ao local a animação já era grande, não estivessem inscritos perto de 800 betetistas entre maratona e meia maratona.
A vontade de começar a prova era grande e assim que se deu a partida partimos rapidamente, para tentarmos ganhar alguns lugares pois a posição na manga de partida era muito má. Nas primeiras centenas de metros em asfalto pedalamos forte e desta forma conseguimos entrar nos trilhos de terra numa posição mais vantajosa. Os trilhos apresentavam zonas muito “pesadas” com bastante lama e barro, o que tornava difícil a progressão e potenciava as falhas mecânicas. No entanto a primeira parte da prova foi feita de forma rápida e à medida que os quilómetros passavam, os nossos equipamentos iam perdendo as cores amarela e azul para ficarem cobertos pelo castanho da lama.
A meio da prova começaram a aparecer os single-tracks e algumas descidas que exigiam mais atenção mas que davam muito gozo de fazer. Entretanto a equipa começava a fragmentar-se fruto das condições do terreno que apelavam a toda a disponibilidade física existente, bem como a toda a performance das bicicletas.
As forças começavam a não abundar, mas a 9km do fim apareceram placas com indicações sugestivas. O curioso desta informação é que em vez de dizerem a distância para a meta, apareciam com a distância para um leitão assado, que era o que estava prometido para o almoço.
Com mais este alento na nossa mente concluímos a prova com a seguinte classificação:
29º - Pedro Valente – 2:09:49
44º - José Ribeiro – 2:13:06
58º - João Mota – 2:16:40
126º - Pedro Guedes – 2:29:43
Terminaram classificados a meia-maratona 553 atletas, com o primeiro a fazer 1:44:00 e o último 5:43:10. Não concluíram ou foram desclassificados 109 atletas.
RANCHO FOLCLÓRICO DE NOSSA SENHORA DA NAZARÉ – VERBA
órgãos de direcção – ano 2009
Direcção
presidente – Maria Manuela Jesus Vieira
vice-presidente – Mário Costa Estêvão
secretário – António Manuel Simões Maio
tesoureiro – Mário Martins Costa
Conselho Fiscal
presidente – António José S. Matos
secretário – António Cândido Lopes Jacinto
relator – Almerinda M. Martins Estêvão
assembleia-geral
presidente – Manuel da Pedra Estêvão
vogais – Martinho da Costa Lopes, Humberto Lopes Jacinto e Manuel Marques Silva
cobrador e distribuidor para Verba: Albino Arsénio Simões Neto
cobrador e distribuidor para Nariz: Sandrina Martins Costa
visite a página do rancho de verba em http://ranchodeverba.no.comunidades.net/index.php
Mário PC Martins
Página 4 (versão papel)
GENTE DA NOSSA GENTE
Os entrevistados deste mês no “Gente da Nossa Gente” sentem-se bem narienses de “alma e coração”. Desde 2004 que residem em Nariz, na Rua Dr. José Girão Pereira, e não fazem quaisquer intenções daqui “arredar pé”. Foi (quase) “amor à primeira vista”.
Naturais de Aradas, o casal Fernando Manuel Silva Menezes e Cristina Maria Missa Oliveira Menezes e seus filhos abriram as portas da sua casa para uma pequena mas interessante conversa com o JNNF.
Como foi vir de Aradas, periferia urbana de Aveiro, para uma aldeia marcadamente rural, como é Nariz?
Fernando: Não foi difícil. Conhecia já Nariz por aqui ter trabalhado – inclusive naquela que é hoje a minha casa! – e as impressões desde essa altura foram boas, apesar de considerá-la uma terra um pouco parada no tempo. Certamente que hoje a nossa integração seria um pouco mais difícil talvez. Mas é inequívoco que em Nariz se respira mais privacidade, maior tranquilidade, mais descanso. Por comparação com a minha terra-mãe (Aradas), as pessoas de Nariz são mais acolhedoras e atenciosas. Facilmente se diz “Bom dia!”, “Boa tarde!”, por exemplo, algo que não se vê muito acontecer por aí…
Cristina: É verdade: as pessoas aqui são atenciosas.
Sentiram-se acolhidos quando aqui chegaram?
Fernando: Sim, sim. Eu, como disse já tinha aqui alguns conhecimentos da terra, conhecia algumas pessoas inclusive. Entretanto, também a relação com os nossos vizinhos se foi fazendo da melhor forma.
Cristina: No início, como em qualquer lugar, conhecemos poucas pessoas e como é que elas são. Mas não foi difícil, antes pelo contrário. Integramo-nos bem. É bom viver em Nariz!
Estão já hoje integrados em sectores da Freguesia e da Paróquia…
Fernando: Em Aradas fui catequista e fiz parte dos grupos de jovens nos tempos em que lá vivi. Aqui em Nariz sou catequista dos pequeninos do primeiro ano da Catequese. Como casal, fazemos parte do grupo de cursilhistas da Paróquia. Fizemos o nosso Cursilho em Dezembro de 2007 e isso foi bom também para a nossa melhor integração na Paróquia e no relacionamento com as pessoas.
Cristina: Para além de pertencer ao Movimento dos Cursos de Cristandade na Paróquia, de momento, não estou integrada em mais nada. Em Aradas fiz parte do Grupo Coral Paroquial. Profissionalmente, sou auxiliar no Jardim-de-Infância de Nariz.
Já falaram do melhor que sentiram e sentem. E, ao revés, o que sentem que deveria melhorar em Nariz?
Fernando: Fico com a sensação, ou quase convicção, que os governantes se esqueceram ou se esquecem de Nariz… Não sei porquê isto… Nariz deveria ser uma freguesia muito mais publicitada e acarinhada pelos autarcas. E não só nas eleições… Há pouca iniciativa aqui. Vou-me apercebendo também que quem aqui quer fazer algo de construtivo, de inovador, tem de passar muitas vezes as “chamas do Diabo” com críticas, reparos, invejas. Ainda não consegui perceber o porquê desta mentalidade de algumas pessoas ser assim, mas que é verdade ela existir, ai isso é.
Cristina: Concordo com o Fernando, aliás várias vezes falamos nisto. Há um aspecto que gostava de partilhar: temos dado conta – aconteceu connosco, inclusive –que as autoridades civis (Câmara Municipal, principalmente) em vez de facilitarem mais as condições para os jovens, principalmente, e as pessoas em geral, poderem construir a sua casa em Nariz, porque querem viver aqui – e vive-se bem, como já disse –, criam-lhes muitas dificuldades, o que faz com muitos deles acabem por sair daqui e ir viver para outros sítios. Isto não faz sentido nenhum!
A médio prazo o que gostariam de ver em Nariz que não há e que consideram ser importante?
Fernando: Uma caixa de multibanco para não ter de depender da Palhaça. Não sei onde seria a melhor localização (próximo da Igreja, da Junta de Freguesia? Talvez.). É uma necessidade básica hoje. Além disso, creio que a existência de um recinto coberto – pavilhão, por exemplo, seria uma mais-valia, sem dúvida, para poder desenvolver mais esta terra ao nível cultural e desportivo.
Cristina: Faltam melhores infra-estruturas desportivas e culturais. A Freguesia de Nariz está órfã de melhores equipamentos deste tipo, e que considero prioritários. A iluminação e a qualidade de algumas ruas também poderia ser melhor.
– Vamos todos acreditar e ficar a torcer para que isto seja verdade na nossa Freguesia!
PASTELARIA NA PÓVOA DO VALADO
No dia 31 Janeiro, foi inaugurada na Póvoa do Valado a Pastelaria Irish Coffe. Este espaço comercial situado na rua Cumeeira pretende ser um ponto de encontro e convívio. Na pastelaria, para além de pão quente, será possível será possível saborear a mais diversa pastelaria, encomendar bolos para as mais diversas ocasiões, bem como pizas, hambugers, cachorros ente outros petisco. Aos proprietários, Sónia e Paulo, o JNNF deseja bons negócios e felicita-os por terem escolhido a nossa freguesia para instalar a sua pastelaria.
SABER RECEBER
Muito temos escrito neste jornal sobre acolher aqueles que chegam aos nossos lugares para viver. Também não podemos esquecer aqueles que nos procuram por visita ou por trabalho. É destes últimos que quero falar.
No passado dia 8 de Fevereiro desloquei-me ao salão polivalente com o intuito de fazer a minha dádiva de sangue. Quando chego ao local, deparo com uma disposição e organização do espaço diferente do habitual. Analisando a situação mais detalhadamente apercebo-me que tal organização não é funcional e que, em parte, já tinha gerado uma fila extensa. Como vem sendo hábito, a nossa freguesia é nesta altura local procurado por pessoas de outras terras para também virem fazer as suas dádivas.
Procurei saber os motivos de tal confusão e fui informado que, para além do salão não ter energia eléctrica, motivo pelo qual andavam cabos eléctricos espalhados pelo chão e a atravessar janelas, aquando da chegada da brigada de recolha de sangue, o salão estava fechado e foi preciso esperar até alguém o vir abrir. Se, a isto, juntarmos o frio que estava nesse dia e a impossibilidade de ligar aquecedores, facilmente percebemos as precárias condições em que decorreu esta colheita. É de salientar que aconteceram casos em que, dadores, não conseguiram terminar a dádiva por causa do frio que se fazia sentir.
Naturalmente, esta situação provocou mal-estar nos profissionais que estavam a trabalhar, bem como em todos que de forma voluntária ali se deslocaram para fazer a sua dádiva.
Como habitante de Nossa Senhora de Fátima senti-me envergonhado. Primeiro não recebemos os que nos estavam a visitar, não demos condições a quem trabalhava, e, finalmente, não soubemos acolher todos os que ali estavam.
Fica a chamada de atenção, para a próxima vez talvez seja possível evitar que este tipo de situações se repita.
Pedro Valente
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