Editorial
O PRESÉPIO SOMOS NÓS
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro destes gestos que em igual medida
a esperança e a sombra revestem
Dentro das nossas palavras e do seu tráfego sonâmbulo
Dentro do riso e da hesitação
Dentro do dom e da demora
Dentro do redemoinho e da prece
Dentro daquilo que não soubemos ou ainda não tentamos
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro de cada idade e estação
Dentro de cada encontro e de cada perda
Dentro do que cresce e do que se derruba
Dentro da pedra e do voo
Dentro do que em nós atravessa a água ou atravessa o fogo
Dentro da viagem e do caminho que sem saída parece
O Presépio somos nós
É dentro de nós que Jesus nasce
Dentro da alegria e da nudez do tempo
Dentro do calor da casa e do relento imprevisto
Dentro do declive e da planura
Dentro da lâmpada e do grito
Dentro da sede e da fonte
Dentro do agora e dentro do eterno
D. António Francisco, Bispo para nós há quatro anos
Assumindo o sentir da comunidade, o pároco da Sé, P.e Fausto Oliveira, manifestou, no final da Eucaristia, a “alegria de ter connosco” o Bispo de Aveiro.
Na homilia, sobre a Imaculada Conceição, D. António Francisco afirmou: “Na casa de Nazaré, encontraram-se Deus e o Homem, anulando qualquer distância”. Em Maria “tabernáculo da Nova Aliança”, brilha a graça de Deus. Nela, “mulher simples e humilde, Deus realiza a intervenção maior da história, esperada desde sempre”.
“Com Maria” – alertou o Bispo de Aveiro, remetendo para a mensagem dos bispos portugueses –, especialmente nesta época de Natal, não podemos ficar parados e insensíveis perante “os indigentes”, os que são “forçados à humilhação”, à “insegurança”, os que vivem “situações de pobreza”.
J.P.F.
V Concurso de Árvores de Natal
- Parabéns! Ganhámos!
O Centro Social Paroquial S. Pedro de Nariz participou e ganhou o V Concurso de Árvores de Nat
al, do Glicínias Plaza, ao arrecadar o 1.º lugar na votação dos lojistas daquele Centro Comercial.
Na votação online, obtive um honroso 3.º lugar.. Parabéns às crianças. Parabéns às colaboradoras e colaboradores. Parabéns aos pais. Parabéns aos nossos amigos. Parabéns a todos os que votaram a em nós.
Parabéns que todos são vencedores!
Pe. José Augusto Pinho Nunes
Movimento Paroquial
Nariz
FESTA DE NATAL 2010
Como é costume entre nós, no passado dia 19 realizou-se a festa de Natal da nossa catequese, este ano no Centro Cultural de Verba.
Foi uma festa animada, com os pais a admirarem e a aplaudirem os “artistas” seus filhos.
No final das actuações tivemos a visita do Pai Natal, que mesmo em tempo de austeridade, quis marcar a sua presença.
No final houve um lanche convívio com todos os presentes e oferecido pelos mesmos.
Queremos realçar e agradecer a presença de um número razoável de pais, agradecendo também à direcção do Centro Cultural de Verba pela disponibilidade e pela maneira como nos acolheu. Muito obrigada e bem-haja por tudo.
A Catequese deseja a todas as famílias um Santo e Feliz Natal.
M.S.
Movimento Paroquial S. Pedro Nariz - Ano 2010 - (Até 15 de Dezembro)
Baptismos: 7; Matrimónios: 0; Óbitos: 11
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Rectificação de donativo
Mútua Bovina de Oliveirinha, Fátima e Nariz
No último número enaltecemos o gesto, que muito nos sensibilizou, por parte da Mútua. Hoje, completando a informação dada, com a intenção de rectificar o publicado, realçamos que a Mútua entregou como donativo às Corporações de Bombeiros de Aveiro 3365,00 €, entregando a cada uma, de forma equitativa, aos Bombeiros Velhos 1682,50€ e aos Bombeiros Novos 1682,50€.
No início de um ano novo, desejo fazer chegar a todos e cada um os meus votos: votos de serenidade e prosperidade, mas sobretudo votos de paz. Infelizmente também o ano que encerra as portas esteve marcado pela perseguição, pela discriminação, por terríveis actos de violência e de intolerância religiosa.
Penso, em particular, na amada terra do Iraque, que, no seu caminho para a desejada estabilidade e reconciliação, continua a ser cenário de violências e atentados. Recordo as recentes tribulações da comunidade cristã, e de modo especial o vil ataque contra a catedral siro-católica de «Nossa Senhora do Perpétuo Socorro» em Bagdad, onde, no passado dia 31 de Outubro, foram assassinados dois sacerdotes e mais de cinquenta fiéis, quando se encontravam reunidos para a celebração da Santa Missa. A este ataque seguiram-se outros nos dias sucessivos, inclusive contra casas privadas, gerando medo na comunidade cristã e o desejo, por parte de muitos dos seus membros, de emigrar à procura de melhores condições de vida. Manifesto-lhes a minha solidariedade e a da Igreja inteira, sentimento que ainda recentemente teve uma concreta expressão na Assembleia Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos, a qual encorajou as comunidades católicas no Iraque e em todo o Médio Oriente a viverem a comunhão e continuarem a oferecer um decidido testemunho de fé naquelas terras.
Agradeço vivamente aos governos que se esforçam por aliviar os sofrimentos destes irmãos em humanidade e convido os católicos a orarem pelos seus irmãos na fé que padecem violências e intolerâncias e a serem solidários com eles. Neste contexto, achei particularmente oportuno partilhar com todos vós algumas reflexões sobre a liberdade religiosa, caminho para a paz. De facto, é doloroso constatar que, em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal. Noutras regiões, há formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os crentes e os símbolos religiosos. Os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo e do seu apelo sincero para que seja reconhecida a liberdade religiosa. Não se pode aceitar nada disto, porque constitui uma ofensa a Deus e à dignidade humana; além disso, é uma ameaça à segurança e à paz e impede a realização de um desenvolvimento humano autêntico e integral.
De facto, na liberdade religiosa exprime-se a especificidade da pessoa humana, que, por ela, pode orientar a própria vida pessoal e social para Deus, a cuja luz se compreendem plenamente a identidade, o sentido e o fim da pessoa. Negar ou limitar arbitrariamente esta liberdade significa cultivar uma visão redutiva da pessoa humana; obscurecer a função pública da religião significa gerar uma sociedade injusta, porque esta seria desproporcionada à verdadeira natureza da pessoa; isto significa tornar impossível a afirmação de uma paz autêntica e duradoura para toda a família humana.
Por isso, exorto os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente (cf. Mt 22, 37). Este é o sentimento que inspira e guia a Mensagem para o XLIV Dia Mundial da Paz, dedicada ao tema: Liberdade religiosa, caminho para a paz.
(…)
O mundo tem necessidade de Deus; tem necessidade de valores éticos e espirituais, universais e compartilhados, e a religião pode oferecer uma contribuição preciosa na sua busca, para a construção de uma ordem social justa e pacífica a nível nacional e internacional.
A paz é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, um projecto a realizar, nunca totalmente cumprido. Uma sociedade reconciliada com Deus está mais perto da paz, que não é simples ausência de guerra, nem mero fruto do predomínio militar ou económico, e menos ainda de astúcias enganadoras ou de hábeis manipulações. Pelo contrário, a paz é o resultado de um processo de purificação e elevação cultural, moral e espiritual de cada pessoa e povo, no qual a dignidade humana é plenamente respeitada. Convido todos aqueles que desejam tornar-se obreiros de paz e sobretudo os jovens a prestarem ouvidos à própria voz interior, para encontrar em Deus a referência estável para a conquista de uma liberdade autêntica, a força inesgotável para orientar o mundo com um espírito novo, capaz de não repetir os erros do passado. Como ensina o Servo de Deus Papa Paulo VI, a cuja sabedoria e clarividência se deve a instituição do Dia Mundial da Paz, «é preciso, antes de mais nada, proporcionar à Paz outras armas, que não aquelas que se destinam a matar e a exterminar a humanidade. São necessárias sobretudo as armas morais, que dão força e prestígio ao direito internacional; aquela arma, em primeiro lugar, da observância dos pactos». A liberdade religiosa é uma autêntica arma da paz, com uma missão histórica e profética. De facto, ela valoriza e faz frutificar as qualidades e potencialidades mais profundas da pessoa humana, capazes de mudar e tornar melhor o mundo; consente alimentar a esperança num futuro de justiça e de paz, mesmo diante das graves injustiças e das misérias materiais e morais. Que todos os homens e as sociedades aos diversos níveis e nos vários ângulos da terra possam brevemente experimentar a liberdade religiosa, caminho para a paz!
(excerto da Mensagem. Poderá ser consultada na ítegra na edição on line, em www. noticiasdenarizefatima.blogspot.com)
Vaticano, 8 de Dezembro de 2010.
A bela magia.
São as luzes que brilham,
Os gritos que ecoam,
O amor que se sente...
E, a Tua vinda Senhor
É prosperidade para todo o sempre!
Por entre palavras e momentos
Que se sentem em oração,
És TU Senhor o viajante
Que migra para o nosso coração!
Entre sorrisos, olhares,
E sentimentos que se cruzam,
Surge o abraço reconfortante,
E assim,
Emerge a magia do grande mistério
Da revelação de Jesus,
A magia vivida com dedicação,
Guiada pela força da sua luz!
Neste momento de festa
Procuremos viver a fraternidade.
Não percamos tempo, e façamos dele
Um tempo novo de esperança,
De amor e equidade!
Ninoska Barros |
ASSEMBLEIA GERAL DA A.R.C. BARROCA
Realizou-se no dia 25 de Novembro a Assembleia Geral da Associação Recreativa e Cultural do Barroca, Associação desportiva de utilidade pública. D a ordem dos trabalhos fazia parte a apresentação do relatório de actividades e aprovação de contas .
Relativamente ao relatório de actividades, foi explicado aos sócios toda a actividade da Associação, bem como as obras de requalificação dos Balneários e restantes instalações que decorreram na última época, as quais vieram trazer nova vida à Associação.
Relativamente à apresentação de contas estas apresentaram um crescimento acentuado em relação ao ano passado, tendo praticamente duplicado, tanto nas receitas como nas despesas, assim foram apresentadas receitas no valor de 31.376,04€, e nas despesas um montante de 29.182,50€. O saldo foi positivo no valor de 2.193,54€.
As contas foram aprovadas por unanimidade.
No final foi enaltecido por todos este crescimento sustentável, o qual permitiu que na presente época o Barroca tenha mais uma equipa federada nas competições oficiais.
Ceia de Passagem de Ano, em Nariz
A Comissão de Festas de Nossa Senhora do Rosário 2011 comunica a todos os interessados que vai organizar a Ceia de Passagem de Ano, em Nariz. O local será o Armazém da Junta de Freguesia de Nariz. Este último jantar-convívio de 2010 tem o valor de €30,00 para adultos; crianças entre 5-10 anos pagam €15.00; menores de 5 anos têm inscrição grátis. Para mais informações, contactar a Organização através do tlm 919 266 258 ou por email para abvn@live.com.pt.
Ementa da Ceia de Passagem de Ano
Depois de entregues os convites nas caixas de correio dos narienses, divulgamos o que mais interessará aos participantes: a ementa
Entradas: Rissóis, Bolos de Bacalhau, Moelinhas e Presunto com Melão.
Sopa: Sopa de Legumes. Prato de Peixe: Filetes com Arroz de Vegetais. Prato de Carne: Leitão à Bairrada com Batatas e Salada. Sobremesa: Doces e Champanhe
O local deste este evento é o Armazém da Junta de Freguesia, junto à antiga Escola Primária, com início marcado por volta das 19:30h. Haverá aquecimento garantido jno espaço.
Os participantes deve trazer de sua casa, para além da boa disposição e alegria, pratos, talheres e bebida. |
Sonhos de Natal – um conto incompleto!
A semana foi longa e fria. Não tanto pelos dias, iguais a todos os outros na sua duração, mas pela ansiedade de que aquela noite chegasse rápido. Este ano, a noite, vai ser numa Sexta-feira - não é o melhor dia para esta Festa! É uma noite tão bonita, tão aconchegante, mas não pode ser muito longa, porque no dia de Natal, por ser ao Sábado, têm que se cumprir as lides habituais. E se é Natal para as pessoas, “o gado também tem direito ao Natal.” – enfatiza a dona da casa. Vai ser preciso apanhar o pasto, limpar os currais, ordenhar, fazer tudo como todos os dias mas com o coração mais cheio dada a tolerância de ser Natal.
Na Sexta-feira, dia 24, como em todas as Sextas-feiras de Dezembro, já estão destinados os trabalhos. Virão os jornaleiros para continuar com os trabalhos da semana anterior. As vinhas precisam de ser preparadas; as videiras podadas e as hastes (as vides) apanhadas, enfaixadas, guardadas para ajudar na lareira e no forno ao longo do ano.
Ainda era noite, bem cedo, todos se reuniram no pátio. São três homens e duas mulheres; mais o pessoal da casa. Um rancho de oito pessoas. Paira no ar muita alegria. Aos bons dias proferidos por quem vai chegando para beber um café quente – que mais não é de que uma mistura fervida ao borralho – todos vão respondendo “… e bom Natal!”.
Quando o sino anunciou, do alto da torre da Igreja, as “avé Marias”, faltavam dez minutos para as sete da madrugada, todos se benzeram. Começou a jornada.
“Vamos lá pessoal. Está frio mas ninguém o pode fazer por nós. Vale mais um dia de curiosidade do que dois sem vontade” – incentivou o dono da casa que, qual maestro, empunhava à batuta num tric-trac harmonioso das tesouras que devastavam as hastes maiores preparando a videira para dar maior fruto.
No meio das risadas, de incentivo, não faltou quem recordasse que via ali, nestes gestos repetidos, a palavra de Jesus Cristo, na parábola de S. João, “eu sou a videira, vós sois os ramos e o meu Pai é o agricultor”.
O dia, interrompido apenas para restaurar as energias despendidas, ou endireitar as costas dos gestos repetidos que provocam dormência, passou rápido. A noite chegou.
Quando, já ao anoitecer, ecoaram as Trindades, da Igreja – sim, o templo da aldeia apenas era um sinal da comunhão universal – estava a chegar a hora do fim da jornada.
Terminado o trabalho do campo, era preciso cumprir o que restava em casa. Todos se dividiram sem demoras: uns – será mais justo referir, umas – prepararam as sete ceias (bacalhau demolhado da véspera e umas rabanadas de pão de milho que estava enrijecido sobre a tábua;… umas pipocas para os mais novos) - ; outros pensaram os animais.
Preparou-se a mesa, colocaram-se uns “verdes” por aquela arrecadação que, por ser mais espaçosa, acolheria a sala de jantar. Não foi esquecida a lenha para uma fogueira mais generosa.
As crianças corriam do presépio para a cozinha, embevecidas por poderem ficar até mais tarde à mesa com os mais velhos. – Esperavam poder superar o peso do sono e verem, cara a cara, o próprio Menino que chegaria com as prendas. Esperavam ansiosas que fossem as botas novas para este Inverno. Tudo fizeram, no cumprimento moral das obrigações, para o merecer.
- “O Menino Jesus estará zangado por aquelas asneiras que fizemos?!” – era a dúvida maior que alimentava a expectativa e repelia o sono!
A tudo foi dado um sentido especial como se esperassem que a qualquer momento José, cansado, e Maria, ansiosa, batessem à porta para dar à luz o Menino por estas paragens.
Todos acomodados, nem parece que a noite surgiu depois de tanto e tão duro trabalho.
De pé invocaram-se as bênçãos para todos e para a refeição. Na mente e no coração de cada um dos convivas estavam todos os seus familiares; os de perto e os de longe. Onde quer que cada um estivesse era ali que celebrava Natal; essa seria a sua família naquela noite.
Por momentos, enquanto se pronunciavam as palavras santas, todos os sonhos foram concretizados: “ que o próximo ano seja próspero; que estejamos cá todos; em paz e com saúde!”
- Amén! – Assim seja
Partilhada a mesa, partilhadas as alegrias e as tristezas de cada dia, o que esperar mais de uma noite de Natal?! Esta é a família de todos os dias. Estes são os que fazem com que este pequeno mundo gire. Assim, são cumpridos os sonhos: que haja paz e concórdia em todo o mundo! Que a ninguém falte o pão e a saúde!
Entre as palavras de confraternização e de júbilo, também se garante que continue o ensinamento maior, a sabedoria dos pequenos gestos, bucólicos, pueris, porventura: “haverá Natal enquanto os sonhos forem grandes e simples”!
M. Oliveira de Sousa