sexta-feira, fevereiro 15, 2013

VIVÊNCIA DA QUARESMA 2013

Pe José Manuel
Começamos um tempo litúrgico forte: o ciclo da Quaresma-Páscoa. Deve ser uma nova oportunidade para renovar a nossa fé comunitária e pessoal. Para continuar com mais fidelidade a nossa vocação de discípulos de Jesus e de comunicadores do seu Evangelho hoje. O grande objectivo é que cada crente e a comunidade cristã vivamos na atitude pascal de Jesus Cristo, caminhando para a vida em plenitude que Ele nos oferece através da doação pessoal, de atitudes de serviço e não de domínio, de perdão e de reconciliação e nunca de ódio ou de exclusão.
A Quaresma deste ano
A nível eclesial há referências importantes que nos ajudam a dar uma cor própria a esta Quaresma. O Ano da Fé e da Missão Jubilar recorda-nos que o caminho que fazemos durante toda a vida é o de nos deixarmos iluminar por Cristo. O cinquentenário do Concílio Vaticano II ajuda-nos a assinalar a primazia que a palavra de Deus tem na comunidade e que teve na vida e decisões do próprio Jesus, como se percebe no I Domingo. O Sínodo sobre a Evangelização, realizado há quase quatro meses, recorda-nos que existimos como Igreja para sermos portadores de boas novas para o mundo de hoje.
E isto ajuda-nos a situar também esta Quaresma dentro do nosso momento social e histórico, que é onde temos de viver a fé de uma maneira verdadeiramente encarnada. O nosso mundo está em crise, aumentam de maneira galopante as situações pessoais e familiares de pobreza. Aos que têm o poder económico nas suas mãos parece que pouco lhes importa a fractura social ou o sofrimento dos mais débeis. No meio de tudo isto descobrem-se pequenas luzes de comunidades e grupos que buscam e ensaiam caminhos novos de solidariedade, de vida mais humana, de propostas de libertação da escravidão do consumismo e do ídolo do lucro à custa da miséria de grande parte da humanidade.
Convite à conversão
«Converter-se» é o convite dirigido a cada um a dispor-se a renunciar a tudo o que nos impede de viver «acreditando no Evangelho». E temos de saber pôr nome tanto às renúncias como à vida, segundo os critérios evangélicos.
Nós não estamos «feitos» como cristãos, mas «vamo-nos fazendo» à medida que deixamos que o Espírito trabalhe em nós. Trata-se de um caminho tanto pessoal, como comunitário, que nos ajude a renunciar a atitudes de poder para ser mais servidores, que nos liberte de pensar só em nós mesmos para aprender a ver e a tratar de todas as pessoas como humanas.
Durante a Quaresma poderemos ir concretizando esta atitude de conversão.







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